10/09/2011


Detesto a Rosa!
E a mania de deixar as pétalas;
Abandonar a roupa intima pelo chão.
Entupir o ralo com cabelo
Usar o meu sabão.

Detesto a Rosa!
Quando se faz flor:
Escondendo que se acomodou,
Chegou ao limite;
Não tem coragem para ir embora.

Detesto a Rosa!
Seu cheiro sedutor
A falsidade com que faz amor
Gemendo sem parar;
Pensando no carteiro, no leiteiro, no padeiro,
E não pensando em me deixar.
8/22/2011

Quando a saudade quebra nosso pacto,
Me falta com o devido respeito
Descubro que ainda vives no meu peito
Lá que deves existir.
Lá que costumava te prender
Umas vezes pra assistir TV,
Outras pra dormir,
Aquelas,
Pra rezar.

                                                                Geisiara Lima
                                                               15/07/2011
7/25/2011


Estou envelhecendo
Mas não é agora que vou desligar,
E vou criar pra você minha Rosinha
Uma poesia;
Com toda a cantoria e jovialidade das flores,
Que rodam e que vibram, como se quisessem se vingar,
Se fechar, pra quem não as possam compreender.
Uma poesia;
De autonomia,
De quem um dia deixou o mundo lhe guiar
O tempo passar
Pra te acompanhar
Esconder sua falta de maturidade
Pras flores não debocharem de você.
                                                                                           08/06/11
                                                                                          Geisiara Lima

6/15/2011


A carne já foi menos fraca
Agora qualquer faca de pão pode cortar.
Abraço forçado,
Aperto de mão é necessário
Pra qualquer bêbado me fazer chorar.
Um dedo pra fazer gozar,
Gesto pra mudar,
Machucado pra infeccionar
Infecção pra matar,
Bactéria pro mundo se alertar,
Roupa ficar velha pra jogar,
TV pra ficar bem no sábado,
Um dia em casa
Pra perceber o que não há.



                                     22-12-2010 Timbaúba.
                                                  
5/25/2011

Derramo o caos nas mãos,
Espalho entre os dedos
Aqueço as falanges,
Esfrego no queixo
Descendo pelo pescoço
Entre os seios,
Cintura abaixo...
Como se não bastasse
Preciso que suje as pernas
E se complete nos pés;
Eu sou atroz
Meu banho também,
Estou feroz
Louco para me encostar em alguém.
                                                                    
                                                                       01/03/2011
                                                                      Geisiara Lima




5/03/2011



Assim tinha pensado
Estar entrando numa nova fase poética,
Deixei a porta aberta,
Rosa saiu pra comprar cigarros.
Nem lápis,
Nem o papel,
Nem rosas colaboraram,
Esperei tanto que dormi.
                                         
                                                   Geisiara Lima
                                                   Timbaúba,19/01/11






3/31/2011

A Força da canção

Não deixe que o mundo malvado destrua
A força da sua mais nova canção
Que o monstro sedento lhe oprima e lhe assuste
Em seu desajuste, lhe roube a emoção

Não deixe que a dura visão do abandono
Lhe torne tão louco como um cão sem dono
Vagando na rua sem ser de ninguém

Que os galhos profundos dos golpes da vida
Lhe tomem, se tornem eternas feridas
De uma força maior que lhe afaste do bem

Porque a maldade, meu bem na verdade
É o puro retrato da realidade
Dos homens mais fracos que perdem a partida

Mais pelo contrário, reúna-se aos seus
Quando e se puder faça as pazes com Deus
Talvez uma luz lhe indique a saída.

                                                                  Lula Côrtes

3/05/2011
 

Se a vida se fizesse flor
E a divida que tenho com o amor
Ele deixasse pra trás.
Não teria
Quase cobrança,
Muito sucesso,
Pro inferno a esperança.
Amor, amor, e só com amor se paga,
Dilata o estomago,
Mata,
Não há método eficaz.
A dor, a dor, só com a dor,
Se aprende
Desata as cordas
Se corre atrás.
                          28-01-11
                                Geisiara Lima



                                     
1/22/2011





Na solidão
Uma moça sempre me perguntava,
Pra onde é que eu ia?
Com a mesma cara azeda respondia;
-Num foi tu preta, que me mandasse ir ?!
                                                    08/12/10
1/01/2011

Um novo ano! É engraçado falar isso, pois as coisas estão como sempre. A mesma conversa em bar, as mesmas promessas, a vida então seria só um repeteco infinito? Eu digo que não. E se fosse com certeza arrumaria meios de não estar mais aqui, pois não faria o menor sentido. São mais dias para escrever, mais livros pra descobrir mais aventura, dramas entre as páginas e coisas que passarão ou não pelo nosso olhar de leitor atento.
 Continuo buscando inspiração nas conversas dos bares e reformando as roupas que eram moda nos tempos da minha mãe, estudando as formas de escrever dos velhos mestres pra fazer a minha, com uma cara assumidamente moleca. aproveitar o tempo se torna ainda mais essencial.

Um bom ano de leitura e escrita pra todos que passarem aqui!
                                                                                                                             Geisiara Lima 

Ninguém fez.
Sem se repetir nem desdizer,
Sem verso de saudade,
Nem vontade de me engolir.
Sem elogios,
Nem se perder.
E dizer que me amar é sorrir,
Conheço cada gesto em mim
Não faço por merecer.
Queria mesmo é poesia boa
Com essência de Augusto ou de Pessoa,
Verso que ecoa pra me destruir
Sem compromisso
Pro meu eu lírico se divertir.
                                                                         Geisiara Lima 08/12/10

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Itambé, PE, Brazil
Desenhista, poetisa, estudante de Filosofia (UFPB).
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