10/17/2013
Em outubro as flores de ipê-rosa caem
Em cima das placas de concreto
Dos coretos de metal
Nas casas
Os funcionários da limpeza urbana varrem e reclamam.
Leveza...
O vento as transporta
para mim
Para perto dos cegos que dizem que acabaram de lavar o
carro.
Caem como neve no meu rosto
E como bumerangue, faca, navalha na cara deles.
O vento também origina noticias do meu vigésimo quarto
aniversário
É bom tradutor de lembranças
E da incerteza dos começos dos romances
Com a qual atirávamos pedras nos frutos quando criança
Éramos fracos demais...
As pedras não alcançavam e quando alcançavam não caiam,
Pois não estávamos maduros...
Depois dali atirei pedras no vento, no instante,
No escuro, nos sonhos, atirei pedras em cima de mim,
Às vezes eu passo pela sua casa
Você está varrendo a calçada e apontando as flores do
ipê-rosa que sujam o chão da praça.

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